Nota-se uma sensação de distância, praticamente uma Ilha, quando além de se estar sozinho... além de não se ver nada acontecendo como se precisa, o que se vê acontecendo... é tudo o que não se precisa.
Deste ponto pode-se olhar longe, pode-se avistar alguns horizontes, mas o alcance só seria possível voando?
Nos pequenos exercícios de bater asas, às vezes o chão desaparece, por esforço e por vontade também se preenche de cansaço e perda do humor.
E quando olhamos para o além do que deveríamos, as mensagens confusas encontram formas de nos dizer abstratamente, que nem tudo que vemos é o que parece ou é de fato nossa realidade.
A ilha é um fenômeno interior onde se está para adiante do que se pode ver, sem nunca estar lá nem cá, total e implicitamente.
Nestas milhões de partículas que formam uma sensação, o tempo é muito repetido e distancia-nos da tolerância, embora possa fazer calar por falta de evidências novas.
Cala-se a voz na implosão dos sinais que davam orientes, saltando a frente apenas a máscara do ocidente em suas áreas bitoladas.
Fosse o sentimento a válvula de escape, mas neste momento não o é. Fosse alguma fonte de energia expandir qualquer ato a compreender a transição, mas também não é. Fosse tudo e nada em partículas aglomeradas... demarcando um mapa de boas condições, navegar-se-ia nas possibilidades com alguma tentativa em pulso.
É como ir nas direções tão próprias, nunca antes pensada, sentindo o que não se conhece entre as sensações. Contraindo-se em forma e alargando-se nas disformes manifestações. Onde todas as coisas poderiam ser assim, ou serem de outra forma, mas o impermeável é o que se É diante do que se vive.
Todo ser que percebe a si mesmo ao externo campo das formas e reformas, está consumindo forças para uma diferente proposta ou dimensão de Si mesmo. O que sobraria do tempo comum, senão outras perguntas mais, enfocando suas razões e sentimentos numa caixa de tempo. Abrindo-a novamente tudo já está em saber e ocultado, pois a nova orientação ou a própria verdade agora está vazia.
A escolha do que compor em conteúdo, que possa trazer avanços e movimentos nobres a uma causa escolhida, requer uma energia acima do homem que costumamos ser, mais que ser em humanidade e dentro de seu próprio princípio escolher outro elo que haja completude.
O que se faz olhando seus micro sensoriais tempos é em espiral observação, cabendo aceitar que a vida tem cursos em que só aprendendo a reconhecer sua maestria se pode aprender a ser melhor, e portanto mais estável... porém muitas vezes sozinho.
A ilha sem pé nem cabeça, tem a presença das inquietudes e responsabilidade que assumimos para alcançar algo, que por sua vez já ficou no tempo... e agora em partículas se lapida novo ciclo de auto-surgimento. Os campos desconhecidos da mente, as forças do sentir, a libertação de tudo que era limite.
O que pode-se ver está além do poder da visão, e como podemos mudar algo que não estamos vendo? Onde estão novas vibrações sensoriais sem o que é comum aos sentidos e por onde o silêncio se recria inquieto, polaridades que desconfiguram os planos, mas que abrem a percepção de que não é possível existir sempre num único plano.
Esse caminhar que mais parece às cegas das mais altas autoridades de nossas razões, são tão únicas e tão fortes que parece que a vida existe de outra forma e por uma razão que não se acessa, nosso ser está desaparecendo, sumindo nas inúmeras vertentes e fórmulas que combinadas nos fazem pensar que estamos inteiros. Cria-se um novo padrão de freqüências num tempo diferente do real, onde elas precisam ser muito bem escolhidas, para não entrarem em recorrências. Eis uma chave em partículas, aglomerá-las cabe a cada um ... diante do que sua fé e força ímpar possa lhe direcionar, com o critério de ser pela LUZ.
E quando se alcança um padrão inicial ele some e se desconfigura, nenhuma resposta comum nos chega do mundo externo, pois ela esteve sempre dentro de nós e ao mesmo tempo o sentir-se sozinho a bloqueia aos nossos sentidos comuns.
A ilha é distante e é onde nosso mistério percorre as iniciáticas de nosso SER.
Um campo místico e próprio a conduzir nossas tarefas e aprendizados além da percepção
de nossa antiga configuração ou identidade.
Quem aceitaria transcender matéria e limitações, a um universo de amor e luz?
KLAS