quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A ilha de ?




Nota-se uma sensação de distância,  praticamente uma Ilha,  quando além de se estar sozinho...  além de  não  se ver nada acontecendo como  se  precisa,  o que se vê acontecendo... é tudo   o  que não se precisa. 


Deste ponto pode-se olhar longe, pode-se avistar alguns horizontes, mas o alcance só seria possível voando?


Nos pequenos exercícios de bater asas, às vezes o chão desaparece, por esforço e por vontade também se preenche de cansaço e perda do humor.
E quando olhamos para o além do que deveríamos, as mensagens confusas encontram formas de nos dizer abstratamente, que nem tudo que vemos é o que parece ou é de fato nossa realidade.


A ilha é um fenômeno interior onde se está para adiante do que se pode ver, sem nunca estar lá nem cá, total e implicitamente.
Nestas milhões de partículas que formam uma sensação,  o tempo é muito repetido e  distancia-nos da tolerância, embora possa fazer calar por falta de evidências novas.


Cala-se a voz na implosão dos sinais que davam orientes, saltando a frente apenas a máscara do ocidente em suas áreas bitoladas.


Fosse o sentimento a válvula de escape, mas neste momento não o é. Fosse alguma fonte de energia expandir qualquer ato a compreender a transição, mas também não é. Fosse tudo e nada em partículas aglomeradas... demarcando um mapa de boas condições, navegar-se-ia nas possibilidades com alguma tentativa em pulso.


É como ir nas direções tão próprias, nunca antes pensada, sentindo o que não se conhece entre as sensações. Contraindo-se em forma e alargando-se nas disformes  manifestações.  Onde todas as coisas poderiam ser assim, ou serem de outra forma, mas  o impermeável  é o que se É diante do que se vive.


Todo ser que percebe a si mesmo ao externo campo das formas e reformas, está consumindo forças para uma  diferente proposta ou dimensão de Si mesmo.  O que sobraria do tempo comum, senão outras perguntas mais, enfocando suas razões e sentimentos numa caixa de tempo.  Abrindo-a novamente tudo já está em saber e ocultado, pois a nova orientação ou a própria verdade agora está vazia.


A escolha do que compor em conteúdo, que possa trazer avanços e movimentos nobres a uma causa escolhida, requer uma energia acima do homem que costumamos ser, mais que ser em humanidade e dentro de seu próprio princípio escolher outro elo que haja completude. 


O que se faz olhando seus micro sensoriais tempos é em espiral observação, cabendo aceitar que a vida tem cursos em que só aprendendo  a reconhecer sua maestria se pode aprender a ser melhor, e portanto mais estável... porém  muitas vezes sozinho.


A ilha sem pé nem cabeça, tem a presença das inquietudes e responsabilidade que assumimos para alcançar algo, que por sua vez já ficou no tempo... e agora em partículas se lapida novo ciclo de  auto-surgimento. Os campos desconhecidos da mente, as forças do sentir, a libertação de tudo que era limite. 


O que pode-se ver está além do poder da visão, e como podemos mudar algo que não estamos vendo? Onde estão novas  vibrações sensoriais sem o que é comum aos sentidos e por onde o silêncio se recria inquieto, polaridades que desconfiguram os planos, mas que abrem a percepção de que não é possível existir sempre num único plano.


Esse caminhar que mais parece às cegas das mais altas autoridades de nossas razões, são tão  únicas e  tão fortes que parece que a vida existe de outra forma e  por uma razão que não se acessa, nosso ser está desaparecendo, sumindo nas inúmeras vertentes e fórmulas que combinadas nos fazem pensar que estamos inteiros. Cria-se um novo padrão de freqüências num  tempo diferente do real, onde elas precisam ser muito bem escolhidas, para não entrarem em recorrências.   Eis uma chave em partículas, aglomerá-las cabe a cada um ... diante do que sua fé e força ímpar possa lhe direcionar, com o critério de ser pela LUZ. 


E quando se alcança um padrão inicial ele some e se desconfigura, nenhuma resposta comum nos chega do mundo externo, pois ela esteve sempre dentro de nós e  ao mesmo tempo o sentir-se sozinho a bloqueia  aos nossos sentidos comuns. 
A ilha  é distante e é onde nosso mistério percorre as iniciáticas de nosso SER.
Um campo místico e próprio a conduzir nossas tarefas  e aprendizados além da percepção
de nossa antiga configuração ou  identidade.


Quem aceitaria transcender  matéria e limitações, a  um universo de amor e luz?

KLAS