quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Comunicantes de tempos em tempos.








Lendo nestes dias diferentes trechos de livros entre a ciência 

e a poesia, alguns de cotidiano e outros de pensamentos variados,

deparo com linguagens que antes eram colocadas como destaque, 

mas no agora ficam sem muitas metafóricas explicações...

Não é estranho que as expressões que davam destaques em tempos 

passados agora sejam variantes combinações?




Ao depressivo estado e dramatizados temas, haviam os que diziam

"deste fóssil que sou!", "por terra me debati, sem mares a nadar", " 

miserável destino a lançar mão de dissabores" ... etc


Daqueles  profundos estágios desiludidos e quase internados à loucura  e 

imagens de extrema sofreguidão.  

Se passados aos tempos atuais, olhamos sem muita sensibilidade e 

acabamos indo a alta tecnologia ou ciência que provê em segundos 

outro estado de pensar e sentir segundo nossas mais descartáveis razões. 

O tempo anda alterando os comunicantes, basta pensar no que 

antes dávamos de respostas nas escolas, aos pais e avós, no comércio 

em que bom dia e obrigado era um ato válido.

Será que nosso tempo interno anda descompassado?rs

Bem, se olharmos para o lado bom da questão, seria bom não 

mergulhar nos processos de sub-frequências e entrando em melhor 

condição abraçamos os sonhos bonitos e mesmo que aflitos pra se 

conseguir um bom resultado ainda temos a comunicação lado a lado, 

mais cores, mais encantos nas fotos ainda em papel ou digital

 ( olha só, quantas mudanças pra se guardar dados!)

Ao pensar sobre a flor da vida, o cubo e a esfera que alimentam 

geometrias sagradas e especiais de vida, onde todas as propostas 

escritas e não, orais e não, ventilam sobre nossos olhares

de forma espetacular! 

A vida tem uma linguagem de alma pra alma que colabora 

para que tenhamos mais garantia de nossa transmissão de 

pensamentos, que por sua vez já se transformam em outros mais.


A base passa por tantas reciclagens que abrimos uma folha e a 

paisagem assume tantas provocantes estações que o ano passa num 

piscar de olhos, estamos no meio de outro ano, mudando idades, 

tornando-nos de preferência mais hábeis nas múltiplas inteligências 

que acontecem em toda nossa volta.

Era de comunicantes variedades, estamos sempre em contato com 

uma singular identificação de nosso DNA e existencialmente nos 

sentimos estranhos a tudo que já passamos em jornadas vivenciais.

Mudamos e transmutamos a garantir em cada sentir um algo mais, uma 

capacidade de não ficar mais preso a sofrimentos, latejar sonhos que 

ocupam boas razões, deixando o que não dá pra outro depois.


<b>Somos  uma flor flutuante que vai aprimorando sensações</b>,

viemos aprender com as antigas e novas paisagens,

mas delas apenas levamos as sensações e vamos seguindo 

a compor nossas histórias que se  preenchem de muitas outras mais!!! 

Um ponto, dentro de um conto, dentro de muitos pontos, dentro de um 

lago de gotas que banham as margens com suas vibrações.

Somos mais astrais que antes... estamos em ponto de cristalinas verdades 

que assumem comando das comunicantes realidades, num olhar de guia 

oculto, numa tríade universal que tem principais combinações para nos 

fazer dar saltos ( a cada um segundo seus princípios) muito especiais.

Imagino que bem mais adiante tudo isto também estará modificado, 

quem me dera se a comunicação mais avançar ao sensorial!!!

Será sempre engraçado, no mínimo ... olhar para estes lados de um 

mesmo selo universal. 

Seria necessário apenas um momento interno  revelador de uma idéia

e tudo mais explicado ficaria... aliás nem consigo explicar de onde surgiu 

esta _ Comunicante Áurea..rs



Comunicantes de espaços virtuais...











Trocas  _ a mais interessante é sentir cada forma de trabalhar esta energia no ato, talvez um vício de meu tempo em vídeo produções e espaços holistas.


Mas é gostoso sempre colocar aquilo que temos em nossa mente e coração adiante, isso dá prazer e encontra reciprocidade. Aquilo que lhe encantar certamente trará interessantes propostas e as coisas acabam acontecendo naturalmente. Talvez temas que vc tenha em sua bagagem, seu conhecimento, sua forma de colocar a vibração como antena, é uma gostosa época de compartilhar luz, esta que abrange as boas vivências. 


Aquilo que aprendemos numa arte de expor, é o que damos referência a terceiros e a nós mesmos surgem vontades de reutilizar as sensações sob mais pontos de vista. Geram mais e mais interativos canais.


Dificuldades no gerar matéria  prima ...   entre muitos temas que surgem, vejo a resistência de aprendizado como bloqueio a muitos. Vejo o controle querendo sempre dizer que muita informação é besteira ( esse quer de fato que outros nada aprendam..rs) Vejo também no cotidiano o afastamento das artes. O medo, nossa como esse tema é fatal...( o medo de conhecer uma máquina, uma rede, entrar num grupo, trocar idéias, medo de expor sentimentos), medo é um fator que se interliga com comodismo ( do tipo deixa como tá pra ver como é que fica..rs) Assim pessoas continuam sendo controladas ( pelo patrão, pela família, pela sociedade,) pela egrégora que oacolhe e o faz vibrar sua intensidade.


Medo de que algo possa lhe sair do controle já é uma forma de punir por antecipação suas idéias.  Enquanto que podemos assessorar nossos impulsos e mantermos em natural identificação de nossas raízes, vontades, eixo de nossa psicologia  ou filosofias, aquilo que mais estamos em afinidades. Assim outros igualmente contribuem e nos trazem intermediações de palavras e linguagens se encontram para um traçado de boas intenções.


Sabemos que tudo surge e se alinha com pensamentos em freqüências, estamos sempre lendo do campo cósmico referências fundamentais daquilo que buscamos em cotidiano, isso se dá quando temos a força  de  capturar sensibilidades e nelas acentuamos o prazer de conviver em bem querer. A toda forma de contribuir e toda interação surgem novos propósitos de crescimento. Uma idéia que pinga aqui no canto gera um gráfico interessante a lançar desenhos abstratos a outros traços que por sua vez fazem ocupar uma rede de mais idéias em conjunto. A comunicante é também seu próprio alvo e seu tom de agir é energizante ao que se propõe. Criamos em nossa mente as nossas pesquisas e nelas obtemos resultados segundo nossos esforços de realizar por etapas aquilo que planejamos, incluindo o que nos faz mudar rumos mas mantemos uma jornada com muitas especiais contribuições de outros que nos acolhem em prazer de troca.


São os diferentes pontos de vista que acabam gerando uma base a reflexões que abrem mais caminhos.  Salteamos temas que nos colocam em mesma semana a enfrentar sua teoria na prática de nossas vivências e colhemos com nossas observações e reflexões um pouco daquilo que  pudemos evidenciar entre as energias. A troca se dá por este movimento constante do que somos e do que desejamos melhorar a cada intercâmbio. Isso é sonho a ser vibrado com  percursos preenchidos de bons resultados se forem olhados pelo prisma do aprendizado e não do sempre ganhar. Que aliás ganha-se muito quando se perde a ignorância contida nos atos de fechar as possibilidades. Trocando informações que se transformam em comunicantes e implicantes circuitos de bons estágios, fazemos da informação uma  obra  de participações voluntárias. A  criatividade gerada pelas energias que a constituem são fundamentais ao avanço da nossa vida. O futuro é este benefício que abrimos condição no agora. Estamos muitas vezes sentindo que somos diferentes ou estamos atrasados em nosso processo porque reconhecemos que temos um a programação existencial e nela estamos precisando de mais colaboradores que nos façam integrar numa rede de boa e estável comunicação seja ela pessoal ou social.


Captamos de um mundo as informações, mas filtramos para que possamos adentrar a uma especial motivação de estarmos claramente envolvidos com nossa liberdade,  atuantes em nossa capacidade de reformular temas úteis e cabíveis a nossa estrutura de futuro.
Alimentamos com nossas formas pensamentos e com nosso humor e comportamento a uma pequena sociedade de interesses nobres e conscienciais.  Somos nosso próprio tesouro em dias que vingam nossa liberdade, nossa autenticidade, nossa  capacidade de não permitir que outros seres que não suportam troca e com seus jeitinhos vão manipulando o poder, estejam a falar sempre o que pensam para um ar que não nos contamina.


Prudência sempre no que nos dá estima e sensibilidade ao máximo de nossa alegria e convicção rumo a luz. Capazes de vibrarmos amor e sonhos que interagem com bons parceiros em semelhantes propostas temos uma  vida íntegra e bem enredada de nossas obras, por assim dizer.  Que tudo que me falta não possa matar ou atrasar meus sentidos de florir meu caminho, estabelecer sintonia plena com a paciente vontade de crescer, cativar a quantos estiverem em passos lado a lado e ainda atribuir-lhes o prazer da jornada em  capacitante  força que possa abraçar outros mais na jornada. 
O caminho para uma comunicação de virtudes é a humilde abertura para a luz que conduz nossos pensamentos e atitudes a desbravar caminhos embaralhados no concreto das avenidas. Foram construídos em intuito de facilitar, mas também escorregadios são os meios que nos acolhem em temporária experiência...  e se saímos dela com alguma sorte de aprender  a não retomá-la já é grande energia construída.




Possam ter todos os comunicantes uma real sensação de bem estar, bem viver e ainda agradecer os dias por esta oportunidade única de plugar acontecimentos e auto-conhecimentos numa  teia tão bonita e peculiar como a que estamos vivenciando nestas épocas em que podemos abraçar mesmo em distâncias nossos pares de luz e energia.


Quando reconhecemos e acolhemos todos os nossos projetos, podemos compor nossa integridade.  É um gesto e uma realidade visual, virtual e vivencial.
Fazendo uma incursão digital, colocando  ao  site  ou projeto um amor pelo conhecimento.... devidas proporções, a maior  distância entre tais comunicantes  tem a ver com seus campos sensoriais. Estamos vivenciando sinais de competente luz e grande energia liberta pela auto estima, satisfação, simplicidade. Acalentar a obra  de si próprio e alcançar pureza de pensamento. 
Acontecimentos são como olhares que vem de uma outra luz, uma oportunidade de nos compreendermos como quem balança sob a luz do sol.


Namasté


Fluxo









A dedicação da energia é em fluxo 
a grande experiência
uma cósmica jornada de luz e amor 
Ao cosmos direcionada ao captar e retribuir
fluxo em vida transcendente
cristal atemporal e os elementares sinais
troca perceptível a alma 
Eu sou luz
assim vibro em consciência para a luz
conectando às margens do saber
e a fonte da aprendizagem
as cores em doação e ação fraterna
Vibro o amor, a paz consciencial
a grande metafísica multidimensional
agradecida por tudo quanto recebo
e doando posso trilhar em semente
Ser e fluxo numa só corrente
Chama oriente ao conectar
vórtices transparentes em pulso


KLAS



A ilha de ?




Nota-se uma sensação de distância,  praticamente uma Ilha,  quando além de se estar sozinho...  além de  não  se ver nada acontecendo como  se  precisa,  o que se vê acontecendo... é tudo   o  que não se precisa. 


Deste ponto pode-se olhar longe, pode-se avistar alguns horizontes, mas o alcance só seria possível voando?


Nos pequenos exercícios de bater asas, às vezes o chão desaparece, por esforço e por vontade também se preenche de cansaço e perda do humor.
E quando olhamos para o além do que deveríamos, as mensagens confusas encontram formas de nos dizer abstratamente, que nem tudo que vemos é o que parece ou é de fato nossa realidade.


A ilha é um fenômeno interior onde se está para adiante do que se pode ver, sem nunca estar lá nem cá, total e implicitamente.
Nestas milhões de partículas que formam uma sensação,  o tempo é muito repetido e  distancia-nos da tolerância, embora possa fazer calar por falta de evidências novas.


Cala-se a voz na implosão dos sinais que davam orientes, saltando a frente apenas a máscara do ocidente em suas áreas bitoladas.


Fosse o sentimento a válvula de escape, mas neste momento não o é. Fosse alguma fonte de energia expandir qualquer ato a compreender a transição, mas também não é. Fosse tudo e nada em partículas aglomeradas... demarcando um mapa de boas condições, navegar-se-ia nas possibilidades com alguma tentativa em pulso.


É como ir nas direções tão próprias, nunca antes pensada, sentindo o que não se conhece entre as sensações. Contraindo-se em forma e alargando-se nas disformes  manifestações.  Onde todas as coisas poderiam ser assim, ou serem de outra forma, mas  o impermeável  é o que se É diante do que se vive.


Todo ser que percebe a si mesmo ao externo campo das formas e reformas, está consumindo forças para uma  diferente proposta ou dimensão de Si mesmo.  O que sobraria do tempo comum, senão outras perguntas mais, enfocando suas razões e sentimentos numa caixa de tempo.  Abrindo-a novamente tudo já está em saber e ocultado, pois a nova orientação ou a própria verdade agora está vazia.


A escolha do que compor em conteúdo, que possa trazer avanços e movimentos nobres a uma causa escolhida, requer uma energia acima do homem que costumamos ser, mais que ser em humanidade e dentro de seu próprio princípio escolher outro elo que haja completude. 


O que se faz olhando seus micro sensoriais tempos é em espiral observação, cabendo aceitar que a vida tem cursos em que só aprendendo  a reconhecer sua maestria se pode aprender a ser melhor, e portanto mais estável... porém  muitas vezes sozinho.


A ilha sem pé nem cabeça, tem a presença das inquietudes e responsabilidade que assumimos para alcançar algo, que por sua vez já ficou no tempo... e agora em partículas se lapida novo ciclo de  auto-surgimento. Os campos desconhecidos da mente, as forças do sentir, a libertação de tudo que era limite. 


O que pode-se ver está além do poder da visão, e como podemos mudar algo que não estamos vendo? Onde estão novas  vibrações sensoriais sem o que é comum aos sentidos e por onde o silêncio se recria inquieto, polaridades que desconfiguram os planos, mas que abrem a percepção de que não é possível existir sempre num único plano.


Esse caminhar que mais parece às cegas das mais altas autoridades de nossas razões, são tão  únicas e  tão fortes que parece que a vida existe de outra forma e  por uma razão que não se acessa, nosso ser está desaparecendo, sumindo nas inúmeras vertentes e fórmulas que combinadas nos fazem pensar que estamos inteiros. Cria-se um novo padrão de freqüências num  tempo diferente do real, onde elas precisam ser muito bem escolhidas, para não entrarem em recorrências.   Eis uma chave em partículas, aglomerá-las cabe a cada um ... diante do que sua fé e força ímpar possa lhe direcionar, com o critério de ser pela LUZ. 


E quando se alcança um padrão inicial ele some e se desconfigura, nenhuma resposta comum nos chega do mundo externo, pois ela esteve sempre dentro de nós e  ao mesmo tempo o sentir-se sozinho a bloqueia  aos nossos sentidos comuns. 
A ilha  é distante e é onde nosso mistério percorre as iniciáticas de nosso SER.
Um campo místico e próprio a conduzir nossas tarefas  e aprendizados além da percepção
de nossa antiga configuração ou  identidade.


Quem aceitaria transcender  matéria e limitações, a  um universo de amor e luz?

KLAS

Paradoxo: vento solar






Paradoxo: multidão / solidão


Um dos textos que pode nos dar parâmetros quanto a este paradoxo, está abaixo citando um poeta muito especial _ Drumond de Andrade.



E eu me pergunto existe um Drumond em cada um de nós ? _ os sensitivos, os que seguem em busca de melhores qualidades de vida e harmonização?

Até em meios onde existe a família, o lar, o esteio que brilha e comporta uma troca de valores humanos, por estarem em níveis diferenciados de buscas, a solidão está sendo sentida. Não é a mesma da amargura ou da falta de companhia de pessoas, mas a que instiga a ampliar valores que fossem em harmonização de ambientes, alegria e condições especiais a adaptar cada idade em sua jornada. Observo que nos tempos atuais cada um deixou de fazer seu papel convencional e isto faz com que um stress e um condicionamento urgente ou uma forma de adaptar-se pelas necessidades possam tornar o ser um alvo de situações mascaradas.


Para compreender melhor basta analisar o que gostaria de estar neste momento, atuando ...investindo, fazendo, empreendendo em seu tempo interno e em vias de fato sua melhor parte do dia, da vida, dos sonhos. E notamos que estamos feito elétrons em torno do núcleo, com uma carga negativa, portanto distantes do que nosso amor cósmico almeja. Embora com isto se faça parte do conteúdo, orbitamos nossa essência e com isto apenas nos vemos com vontade de realizar, sem que possamos de fato mudar algo * a não ser em nós mesmos.


Este princípio nos mostra a solidão elétron! Creio fazer parte da evolução, num paradoxo!


E se podemos contribuir com algo bom que seja nossa paciência em orbitar, nossa persistência em permanecermos orientadores para que junto ao eixo possamos atingir um outro nível humano de existir adiante de sentimentos.. capazes de elevarmos a condição e estabelecermos metas mais significativas, aí está a importância dos seres que são afins. Abraços solares.


O texto nos faz refletir.

O poeta moderno, além de viver numa era de transformações decorrentes, sobretudo, do avanço tecnológico, precisa conviver algo que lhe inquieta e lhe inspira poesia: sentir-se sozinho em meio à multidão. Sente-se sozinho não apenas por ser poeta/artista segregado pelo mundo mercadológico da produção e do consumo, onde a poesia não se enquadra no caráter de reprodução que visa apenas o lucro, pois, “o artista da palavra tanto pode receber uma valoração positiva, como um elo forte e vivificante da cultura, como pode ser visto de forma negativa, como elemento à margem da estrutura produtiva” (FONSECA, 2000, p. 43).


Na metrópole, portanto, além de se sentir à margem, o poeta sente-se sozinho também por não conseguir contato com uma multidão de pessoas apressadas e atarefadas que se olham, mas não se veem. Sente-se como uma espécie de estrangeiro em sua própria pátria já que “na sociedade ideal dos homens práticos, a figura do poeta é deslocada para uma zona de silêncio, ou seja, parece não ter lugar ou cabimento” (FONSECA, 2000, p.45).


As imagens da cidade e esse sentimento de não-lugar, associado ao sentir-se só, podem ser exemplificados a partir da poesia de Carlos Drummond de Andrade, nesse caso específico, com a análise do poema A Bruxa.

O título do poema já nos remete à figura de uma mulher estereotipada como criatura má, sobre quem recaí a culpa pelas desgraças que assolam a humanidade e que deve se manter isolada daqueles que, segundo a convenção social e o discurso ideológico, são os que praticam o bem, os responsáveis pelo progresso. Como se vê, o isolamento já é incitado no título do poema quando nos deparamos com essa alusão à figura da mulher bruxa.

Nos primeiros versos o eu-lírico Drummondiano nos situa acerca do lugar onde e sobre o qual escreve: a cidade do Rio de Janeiro; mostra-nos que, mesmo em meio a dois milhões de habitantes, sente-se sozinho, são versos do poema: “Nesta cidade do Rio / de dois milhões de habitantes / estou sozinho no quarto / estou sozinho na América”. (ANDRADE, 2004, p. 18)



Dois milhões de habitantes aglomerados numa metrópole e isolados por ela. Isolados por seu afazer diário, isolados pelo relógio que não lhes permite “perder tempo” no contato com o outro, pois para o habitante da cidade “tempo é dinheiro” e não pode ser desperdiçado.

O paradoxo solidão/multidão na poesia de Drummond nos remete ao que foi preconizado por Charles Baudelaire “principalmente com sua descoberta de que as multidões significam solidão” (HYDE, 1998, p.275).

Após a revolução industrial, o homem do campo, o trabalhador servil, viu na cidade várias outras possibilidades de trabalho e isso significava concretamente uma espécie de libertação. Nessa busca por melhores condições de vida, no dizer de Raquel Rolnik (1995, p. 12), “a cidade aparece como um imã, um campo magnético que atrai, reúne e concentra os homens”.

Contudo, ao perder o acesso à terra, às plantações, o homem perde também a subsistência, caracterizando-se numa dupla condição: livre e despossuído, para muitos, a cidade trouxe a liberdade e também a pobreza.

O trabalhador precisa agora correr contra o tempo, abrir mão de toda e qualquer atividade que não fosse o trabalho. O ritmo frenético da produção isolou o homem e os avanços tecnológicos lhe trouxeram o conforto e lhe trouxeram mais isolamento, como disse Walter Benjamin (1994, p.124), “o conforto isola.

Por outro lado, ele aproxima da mecanização os seus beneficiários”. É neste estado de solidão e isolamento com uma individualidade desorientada, desvinculada do grupo social mecanizado, que o poeta se encontra.


Ele agora é um ser exilado em sua própria terra, se vê em dissonância com o mundo onde prevalecem valores marcadamente burgueses, como a obsessão pela acumulação de capital que acaba por gerar uma sociedade individualista.

No poema de Drummond, o eu-lírico, ao se dar conta de sua angústia solitária, questiona: “Estarei mesmo sozinho?”, demonstrando sua inquietação a respeito de se viver rodeado por dois milhões de habitantes que não lhe fazem companhia.

O poeta esclarece que nem precisa de tanto, precisa apenas de um amigo, precisa apenas de uma mulher; quantos estarão como ele nesse momento, tão próximos e tão distantes, tão acompanhados e tão sós.
Quantas mulheres nesse momento se olham e se perguntam sobre o tempo perdido. Buscariam nesse momento também por uma companhia? Como saber? Já é tarde e a cidade dorme para acordar para o trabalho, o poeta que não ouse perturbar as poucas horas de sossego daqueles dois milhões de habitantes, como diz os seguintes versos de Drummond: “Estou só, não tenho amigo / e a essa hora tardia como procurar um amigo? [...]

Mas se tento comunicar-me / o que há é apenas a noite / e uma espantosa solidão” (ANDRADE, 2004, p. 19 - 20).


O barulho das máquinas, do trânsito, das buzinas... é cessado por algumas horas, mas esse silêncio ecoa para o poeta trazendo-lhe à tona um clamor, uma revolta e um desejo de ser ouvido por alguém que possa lhe fazer companhia, como podemos observar nos últimos versos de Drummond no poema A bruxa: “Companheiros, escutai-me! / Essa presença agitada / querendo romper a noite / não é simplesmente a bruxa. / É antes a confidência / exalando-se de um homem”

(ANDRADE, 2004, p. 20).

Esse homem inquieto, “presença agitada” em meio à calmaria do descanso da cidade não é simplesmente a bruxa que se vale da noite para, segundo a crença, realizar seus rituais; sua inquietação é, antes de tudo, a confidência de um homem, um homem comum que, inconformado com o isolamento do de dois milhões de habitantes escreve e exterioriza sua angústia, como já foi aludido anteriormente, a angústia do poeta sozinho em meio à multidão.


REFERÊNCIAS

ANDRADE, Carlos Drummond. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Record, 2004.

BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo. trad. BARBOSA, José Carlos Martins e BAPTISTA, Hemerson Alves. São Paulo: Brasiliense, 1994.

FONSECA, Aleilton Santana da. O poeta na metrópole: “expulsão” e deslocamento. In: FONSECA, Aleilton S. da; ALVES, Rubens. (org). Rotas & imagens: literatura e outras viagens. Feira de Santana: UEFS, 2000.

HYDE, G. M. A poesia da cidade. In: BRADBURY, Malcolm e McFARLANE, James. (org.). Modernismo: guia geral (1890-1930). Tradução de Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 1995.



Claudia Menezes Nunes . Mestranda em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS, possui Graduação em Letras pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Travessias







Uma sincronia complexa  e criativa ... 
pulam as  decisões, num  envolvimento,  estética  e  movimento!
A harmonia se esconde no respirar do tema... 
e o burburinho vira a  confusão intimidante no silêncio.
Uma  perfeita  sincronia  com o Universo.
Existir, pensar, sentir, refletir um novo  tempo pra  vida.
E tudo passa a existir quando se escreve. (...)
Travessias.

SOL


O perdão como guia.



Que o AMOR atravesse os tempos!

O PERDÃO COMO GUIA

Tentando aprender com as dores e focando a paz.

Diante de muitos fatos, as palavras mais estudadas, fundamentadas, mesmo as mais importantes fogem... pois quando há crueldade humana o silêncio fica igualmente sem sintonia, o argumento fica num espaço imenso. As energias aniquiladas num silêncio interior diante de uma vida ruidosa.
Procurei aos letrados, aos de cunho jurídico e pedagógico, sociológico e filosófico entre outros mais, quase nenhum texto lido contém algo pra este "espaço". Ouso discordar de muitas coisas pois, todas estão fundamentadas no homem, na sociedade e sobre base de dogmas.

Sempre envolvidos em algo pesado e que precisa acabar.! A história nos mostra em muitos conteúdos realistas... que "aquele ser específico em cada questão", é tão falho e insensato, é tão distante de sua vida na luz. Mostra-nos a face da crueldade e de tudo que não conseguimos suportar de peso a mais. . Este ser não é apenas um, a meu ver uma somatória de negatividade sem precedentes. Não bastaria desistir de sua vida, ainda teria que levar consigo um karma terrível ... uma desistência além da alma. Antes de um suicídio já estava morto seu campo vital, sua morada da alma destruída. Influenciado certamente por coisas muito além da loucura? Ou teria a chance de perceber sua demência, onde silenciar o corpo e parar a violência se entrecruzam? 


A única forma de ter uma auto-pacificação é olhando pra Mestres de Luz e confessando o quanto ainda não compreendo fatos com essas crianças, entre tamanha crueldade. Mesmo por filosofias orientais ou nas mais distantes de meu autoconhecimento, não encontro uma explicação a estes acontecimentos trágicos, profunda maldade direcionada a crianças.


Meu temperamento é de transmutação, de paz, de buscar algum alento a quem fica e a quem parte, sem julgamentos... entretanto essa é uma tarefa difícil quando algo tão drástico acontece. Difícil uma interpretação, quem sabe equivocada equivocada e respostas ficam como ressacas de pensamentos. Buscar forma de elevar a solidariedade a estas famílias, aos seres que partem a outra vida certamente... pois creio que exista mais do que conhecemos em cada dimensão.
Eu não consigo dar a situação um termo terreno como justiça, medo, moral, e tudo que cabe em regras cotidianas. Uma destruição absurda que não pode nos anestesiar.
Parece-me outro tempo, outra natureza, quase um vácuo. Em nome disto tudo eu só pediria aos mestres pra ajudarem aos seres humanos a não elaborarem a vida com dogmas, castigos, dualidades, apegos e dor, sadismo. O sofrimento atrai tantas dificuldades, precisamos de luz.

Não consigo ler as reportagens, nem acompanhar estes casos... realmente só consigo tentar crer por mais e mais vezes que existe algo pra sanar a vida. É preciso estar mais perto de Deus, mais aproximado de bem querer, mais intensificado nas buscas do bem... pra sair dos estados de não pensar. nestes campos desprovidos de paz. Evitar que tudo fique entulhado em nosso sub-consciente e que nos remeta a uma droga perturbadora, gerando medo e discórdia.

Creio que sobre todas as fontes de estudos, em qualquer maneira, ordens especiais de vida humana, coletiva e individual, exista uma energia maior a conduzir em bênçãos.. A comoção não consegue domesticar monstros... mas pode dar uma ordem de basta e fazer valer a luta pela qual uma vida vinga e manifesta seu poder infinito de existência.

Olho para o ALTO COSMOS e peço profunda intervenção. Olho para a vida e desejo que crianças e jovens estejam abençoados em sua jornada, neste tema onde escola significa aprender, o que é que eu estou aprendendo diante da realidade? Escola significa "ir com prazer e com gosto a vivência". Então que seja a escola a todos nós, darmos amor às pessoas, darmos palavras de fé e de confiança, encontrarmos alicerces para que crianças não cheguem na primeira fase adulta, perdidos e enlouquecidos com dogmas e drogas, ou o que for. A cooperação de uma educação humana pra uma vida melhor, solidários na harmonia dos sentidos de viver e aprender lições reais de vida.

Com Amor mais segurança, mais atitudes, mais observações a gerar carinho e paz.

A ter compaixão com todos envolvidos, parece-me o único caminho pra que esta lágrima tenha seu valor. Só permanecendo na energia da luz e do caminho aprendiz pra entender esse grande esforço de equilíbrio. Acima de tudo colocando-se no lugar de cada ser envolvido, mesmo sem nunca ter estado... é um templo sagrado que se abriga na palavra VIDA. Que seja ela a vencer, seja a Luz a ancorar paz e seja o Amor Incondicional a dádiva a atravessar os tempos.


Numerosos ensinamentos nos dão informações pra abandonarmos o medo, a ignorância e o desejo. Buscar dentro de si o que aprende de bondade, justiça e dignidade,

Existe algo bom a mudar a consciência das pessoas, quando elas permitem essa bondade fluir. Sem errar o sentido da existência humana

Quero dizer com minhas simples palavras que não cabe apenas perdão e emoção, empatia com as vítimas, devido à crueldade com seres vivos, embora ensinamentos zen expliquem em partes os seres de vida curta em resgates de espírito. ( Os seres são os donos das suas ações, estudante, herdeiros das suas ações. nascem das suas ações, estão atados às suas ações, possuem as suas ações como refúgio. É a ação que distingue os seres entre inferiores ou superiores.")

Entre tantas buscas, o DESAFIO DA PAZ.


Na construtividade de campos de profundo bem querer, Samael reforça que o ego é a causa principal. [ Tudo que ocorre em toda parte está inserido no ego, na forma de agregados psíquicos inumano, em suas múltiplas formas mentais.] e sob ótica do ego ainda ressalta {O sem nada, vitimado pela violência da injustiça social, robustece dentro de si o eu da ira; e, ao hipertrofiar este eu, se eclode nas mais variadas formas de violências pluridimensionais. Coisa que escola nenhuma ensinou até hoje; por isso a educação do ente humano é um fracasso em todos os quadrantes da terra.}


***

Richard Sirnonetti nos lembra que “quando a contenção da violência deixar de ser um problema policial e se transformar em questão de disciplina do próprio indivíduo; quando a paz for produto não da imposição das leis humanas, mas da observação coletiva das leis divinas, então viveremos num mundo melhor.

***


Os mestres de todas as religiões trouxeram amor, compartilharam sua energia e sua vida em razão desse AMOR. Então é difícil entender porque há guerras e divisões, só pode mesmo estar diante de forças contrárias.

A paz entre os povos, religiões, culturas, educação, arte e vida em plenitude, sob todos os pontos de luz, em todos os vértices onde a energia ancora o Sagrado Amor.

Para encontrar a paz


Aprendendo a vibrar o perdão.


Madre Antonieta Farani é chamada a “Freira do Perdão”

Libertação do espelho.



Qual o verdadeiro significado da vida terrena?
Urgente e importante, quando conseguimos diferenciar os dois ?
Essa pressa toda surgiu devido a rapidez das novas tecnologias?
Os cabelos... podem crescer mais rápido?


Nosso organismo pode passar a necessitar de substâncias bem estranhas, quando estamos ligados no tempo com asas. Porém não podemos controlar o tempo em razão dos acontecimentos, mas podemos aprender a valorizá-los em momentos onde nossa energia programa a atenção interior e colhe significados importantes, realmente com eficácia ao que nos propomos fazer, vibrar, usufruir.


Talvez seja uma tática da fórmula 1, onde segundos de diferença contam toda uma história e estratégias são fortes a se ganhar a frente das questões. Em algum sentido acelerado é preciso otimizar-se, é preciso que o conteúdo de cada tempo seja belo e gratificante. O desafio é aprender a decidir, como diante do esporte onde a lógica inclui aos desafios técnicas muito próprias. Muitas vezes, menos é mais. É não correr contra o tempo, mas a favor de tudo que ele sabe trazer em energias e naturalmente adaptar-se.


E, Tu és a minha vida! Olhando para a alma em gratidão de tudo que possa ser e viver. Assim se dá o tempo bioenergético. E olha só ... eu menina, mãe, mulher e quase anciã... numa existência que reflete minha forma de sentir a vida, a cada passo dado. 


Creio que se aperfeiçoar é encontrar o tempo interior para saber viver em cada situação o melhor de Si.


E todo dia pode ser Interiorizado, sentido em verdades e brincando como se fosse a primeira vez, dias comuns são muito especiais, a libertação do espelho, a magia que é transparecer em sonho e boas vibrações.


O universo disponibiliza as ferramentas pessoais e podemos ser criativos com a passagem de nosso campo pessoal, transmutando a energia em outros valores combustíveis, valor absoluto ao que deve ser. O caminhar com afetos e transpondo o cotidiano, nele ser o instrumento tão próprio a tocar o som mágico que é viver. 


"A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas uma vez que estamos aqui..."


Desejo a libertação desse espelho de tempo e reflito mais sobre o que é a imagem de tudo que transcende em momentos sub-atômicos, bioenergéticos e mais éticos com a programação cósmica... penso que a vida seja tanto mais a merecer, a desvendar ... tão natural nesta como naquela maneira de se viver!


SOL LK